Questionar é preciso – Liderando equipes talentosas
Posted by Marcelão em julho 8, 2008
Pessoal,
a procura por talentos pelas empresas é cada vez maior, mas será que estamos preparados para liderar equipes com pessoas talentosas? Será que os modelos de gestão das empresas atuam como facilitadores para converter esse talento em resultados?
Toda empresa quer contar com equipes constituidas de pessoas inteligentes e talentosas, mas quanto mais inteligentes e talentosas são essas pessoas, mais dificil é lidera-las, pois elas são exigentes e avessos a opiniões que não sejam as suas e agem de acordo com quem as gerencia.
Por essa razão, os lideres dessas equipes devem adotar novas maneiras de tratar essas pessoas. O velho modelo de controlar e patrulhar terá que ser substituido por um modelo que utilize mais os verbos facilitar e possibilitar. O papel do lider dessas equipes passa ser mais de direcionador.
Esse lider terá que criar uma missão e um clima de colaboração dentro da equipe. Para isso terá atuar mais com perguntas do que oferecendo respostas. Questionar é preciso. Diante disso, terá que adotar uma postura mais humilde e menos competitiva com sua equipe. Terá que exercer a função do lider moderno que é transformar o conhecimento em resultados.
O lider dessas equipes de talento cria um senso de ética, integridade, confiança, transparência, aprendizado contínuo, inovação, proatividade, paixão e, sobretude, humildade. Cultiva a capacidade de colocar o cliente como seu foco. Encara o empreendedorismo como um estado de espírito, além de ser coerente, serve de exemplo pelas suas ações e não só pelas suas palavras.
Essas equipes de talentos não gostam de se sentirem comandadas. Por essa razão, o lider deve atuar como questionador, direcionando com suas perguntas as ações dessas pessoas de forma a perceberem o seu ponto de vista. Ele terá que estar do lado das perguntas e não das respostas. Deixe as respostas com o talento da sua empresa.
Um abraço.
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Jefferson said
Marcelão
Excelente tema abordado, pois este realmente é uma das grandes dificuldades encontradas por muitos gestores, que as vezes tentam comandar pelo terror ou pelo poder ao invés de liderarem, e com equipes talentosas o nível de atrito aumenta significativamente.
Em relação ao questionador, tem relação a uma técnica de negociação em que a pessoa que pergunta é que domina a conversa?
Abraços
montmello said
Marcelão,
Muito oportuno o tema deste post. É fato que as pessoas mais brilhantes e criativas tendem a ser questionadoras. Vi recentemente um trecho de uma palestra do Valter Longo na qual ele dizia que se você quer ter idéias maravilhosas, sua vida deve ser maravilhosa, ou seja, a criatividade não é um botão que se liga e desliga quando se deseja. Se nós gestores queremos dispor de pessoas que criem inovações temos que aprender a conviver e trabalhar o questionamento, entendendo que as relações devem se basear na confiança e não mais na autoridade formal.
Grande abraço,
Marcelo Mello
A diferença está na atitude. « Marcelo Mello said
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Samantha said
Marcelão… sou sua fã…
Vc não tem noção, de como este blog, para nós, que estamos nos formando em Gestão de Recursos Humanos, nos foi útil na composição do nosso projeto.
Parabéns…
marcelao said
Poxa Samantha,
assim eu vou acreditar no que você escreveu. :)))
Obrigado pelo feedback. Feedback como esse mantém e aumenta a motivação em continuar escrevendo nesse espaço.
Um abraço.
Tato de Macedo said
Marcelão, sou suspeito para comentar seus posts.
Eu queria tanto que isso fosse verdade.
Mas, a realidade organizacional mostra outras verdades.
Pergunto a meus calejados botões: para quê capacidade, talento, competência, etc. etc. etc., se o que decide são outros valores “extra-profissionais”?
Eu gostaria, sinceramente, de acreditar que esses ideais de administração fossem reais. Que os profissionais ascendessem os degraus das pirâmides organizacionais, não pela via oblíqua, mas da competência, da eficiência, da experiência, do conhecimento, dos méritos, enfim.
Mas estaria mentindo para mim e para os outros, por saber que é o diploma da amizade com o poderoso é que irá determinar o sucesso ou o fracaso do profissional, seja ele competente ou não.
A bajulação ainda é o maior e melhor indicador da “inteligência emocional”.
Nesse sentido, talvez eu seja burro.
Abraços